segunda-feira, 16 de junho de 2008

Anônima

- Seu último conto era verdadeiro ou apenas uma ficção?
- Faz alguma diferença?
- É que eu nunca tenho certeza. Só sei que você nunca mais escreveu sobre mim.

...

- Escreveria sobre mim?

Escrever sobre você é perigoso. Quando eu estou falando existe a pequena possibilidade de que em algum momento você esqueça o que eu digo. Que talvez o tempo distorça seus pensamentos, ou talvez os meus. Assim, talvez, não deixe provas que estou apaixonado por você.
Ir a uma festa junina, ser tirado para dançar quadrilha com uma suculenta e jovem adolescente, acaba ficando um pouco pequeno perto do seu sorriso me olhando dançar.
Estou preferindo mil vezes o entediar dos demais em nossa mesa em meio a beijos, o seu sussurro em meu ouvido dizendo o que sente por mim e seu quebrar de pescoço que me faz querer correr com você de qualquer lugar público.

- Escreveria sobre mim?
- Poderia escrever sobre como adoro te fazer gozar em minha boca?
- Você só pensa em sexo?

Não, eu penso em com está sendo perfeito esse reencontro, como você me trás paz e como adoro a sensação de pavor ao saber que estou em tuas mãos: Anônima.

2 comentários:

tatiana reis disse...

ahh a anônima então deve ter dado riso largo e sentido aquela quenturinha boa no peito.

Anônimo disse...

Aguardo momentos perfeitos os do fim de semana, que me fizeram crer que amar ainda vale a pena.

Sinto disseminar meu nome pelos quatro cantos, mas só assim posso mostrar para quem ler seu blog que não sou mais uma de suas ficções...
Te amo.
(Desde o primeiro dia naquela faixa de pedestre, há 11 anos.)