A chuva castiga, bate e tenta em vão esfriar o corpo nessa madrugada de quinta-feira. O momento é vivo demais para ser esquecido assim. A caminhada mesmo longa é pequena pela frase que ficou presa mesmo agora no caminhar:
- Estou com medo.
Esse bater no peito sem cessar é medo? O calor que geramos é refém deste medo?
Não é a chuva que me trás a febre que não me deixa dormir. São as palavras, as que me deixaram prisioneiro de meu próprio nome e o que deixei dizer dele.
Deixo cair, deixo levar, deixo ir.
Um comentário:
Medo sequestra sem dó sonhos e desejos.
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