quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

2 litros e meio de conversa

Feriados passam e tentamos manter a disposição no dia-a-dia que segue. Primeiros dias que passam lentamente com cheiro de lençóis e o calor da cama e teima em não sair. Mas as vezes somos flagrados em nossa rotina e recebemos convites – Vamos ao cinema ver um filme de um Best-Seller? Ora... por que não se hoje acabo de receber?

Bom filme. Deixemos de lado qualquer preconceito de – Não leio Best-Sellers. Muitas coisas boas a serem ditas: fala sobre vida, escolhas, sacrifícios e sabedoria nas palavras de um pai que me fez lembrar do meu. Realmente gostei.

Interessante como algumas semanas sem conversar pessoalmente com amigos mudam o início de qualquer conversa. É meio como um carro aquecendo no frio (Me perdoem a geração da injeção eletrônica caso não entendam) vamos soltando conversas aleatórias até que engatamos no ritmo habitualmente conhecido. Mas como sempre a boa conversa sempre sai e sempre bem acompanhada de cerveja.

De toda a conversa, uma frase ficou presa em meus pensamentos – Não é porque achamos que conhecemos demais as pessoas, de nossos grupos, que devemos contar para as demais o que ouvimos delas.

Quantas vidas conhecemos? Quantos segredos que devemos manter somente para nós mesmos são soltos por acaso. Em um simples equívoco de pensar que somos todos amigos e devemos compartilhar nossas vidas, estamos constantemente traindo aqueles que mais amamos e prezamos.

Sei o que digo a meus amigos. Talvez eu cometa o eterno erro de contar a todos como um imenso fórum, para ter a certeza que minha história não será modificada adiante. Uma ilusão certamente.

Custo demais pensar por mim mesmo. Deixarei a eterna dúvida para minha mente daqui em diante. Que os livros, pensamentos, paisagem e belezas sirvam como uma outra consciência em harmonia com a minha. Amigos servem para dividir suas vidas, não para ouvirem palavras que poderiam se perder ao vento.

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