- Garçon! Traga mais uma cerveja, uma porção de bacalhau, papel e uma caneta que preciso escrever.
- Escrever, escrever e escrever... acho que nunca tinha visto uma pessoa com tanta ambição de dizer o que pensa.
- Ambição? Isso não tem nada haver com o que escrevo.
- Todo os escritores dizem isso, mas na verdade é uma necessidade que beira a um ego sem limites.
- Se me chama de escritor, já não preciso escrever para meu ego.
- ...
- Escrevo para esvair de mim a imprudência de atirar sem receios apostas para doer o coração. Escrevo para que minhas mãos parem de tremer, para que minha pele pare de suar, para quando a encontrar possa me sentir forte e segurá-la com firmeza e sem receios.
- Você sempre se atira. Por que uma vez, não pensa em tudo que viveu e vai com calma na fonte que chama de paixão?
- Poderia fazer isso? Alguma vez esteve maravilhado por uma mulher ao ponto de conseguir fingir que não esteja preso a ela em seus pensamentos depois que partiu?
- Mas você sempre sofre.
Um comentário:
uau!
saúde!
Postar um comentário