sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Sinais

Calor. A noite queima de olhares, pescoços virando ao som da dança e quadris soltos em sintonia com o bater dos pés femininos.

Detalhe preso na gota de suor, aquela que desce pelo pescoço e adentra o colo, arrepiando cada pequeno pêlo pelo vento frio que passa por entre as dançarinas soltas no salão.

Ouça os casais conversando ao pé de orelha, perdendo tempo demais com palavras quando todos os corpos já estão se entendendo além do receio. Dedos passando por cabelos, pescoços virando de lado, olhar fixo e respiração acelerada a cada proximidade que deveria ser um beijo e se tornou uma desculpa para comprar cervejas.

Desce uma, duas, três latas e busque no embriagar, um que se confunda com o cheiro de quem dança a sua frente. A mesma coragem que te deixa bêbado e com a certeza que não deve chegar perto de mais ninguém.

Ora! Tenha coragem homem! Deixe o queimar do olhar se transformar no derreter da nova saliva em tua boca. A mão descer por nucas suadas, lendo o braile do arrepiar ao toque. Pare de buscar sinais e crie marcas.

2 comentários:

tatiana reis disse...

zé, gostei da idéia de vc ter topado as fotos...anima mesmo? tive umas idéias ontem.
=]

Mah disse...

qualquer semelhança é mera coincidência.