Sem álcool há dois dias e nada de sexo por uma semana. O mundo começa parecer bem menos interessante mesmo. Parece que se torna ler e reler e-mails, assistir filmes que já estavam acumulando em sua estante, alguns livros sem concentração e seriados americanos comprados na feira do cruzeiro.
O médico deveria, ao menos, ter liberado o café para me fazer parar de bocejar na frente dos clientes nas reuniões. Mas o tédio é tamanho que prefiro vir com esse olhar de zumbi do que ficar em casa olhando para a televisão sem ao menos poder tocar uma punheta.
Beber socialmente realmente é o termo que me represente nesse exato momento. Todos os convites são para bares ou para vinhos acompanhados de música em suas casas. Uma prova que todos meus amigos são bêbados e todas as conquistam precisam de álcool como facilitador. O que não seria nada ruim, já que curto a companhia de meus amigos bêbados e meninas bonitas, que precisam beber um pouco para falar sacanagem ao pé do ouvido.
Um comentário:
se o cotidiano tão cheio de detalhes, obrigações, desejos, pequenos gestos e tudo mais que compõe nossos dias é, na verdade, boçalidade, o que nos resta, então?
se passar o dia entre cafés, filmes, música, o preparo do almoço e cochilos rápidos, e qualquer outra coisa que componha um dia comum, for dessas boçalidades, não tenho reclamações.
ás vezes, dias comuns podem ser realmente extraordinários.
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