quarta-feira, 21 de outubro de 2009

QI de gênio

Essa semana acabei lendo sobre o jovem Oscar Wrigley, o jovem gênio de 2 anos e cinco meses com o QI igual ao de Eistein. Fiquei chocado com a notícia. Não tinha a menor ideia que ainda se fazia testes de QI. Mas passado o choque pensei na evidência dessa notícia.

Quantos Oscar Wrigley nascem no interior do Piauí? Será que alguma mãe no nordeste da China, em um recanto da cidade de Julin, sabe que possui um Oscar Wrigley bebendo água contaminada? Ou talvez em meio ao cuidado do pastoreio em Daikondi um Oscar Wrigley esteja sendo embalado pelo tecido de sua mãe?

Segundo a BBC de Londres, nosso felizardo gênio está na categoria de apenas 2% da população mundial. Isso estima aproximadamente 132 mil pessoas em um mundo de 6,6 bilhões.

A probabilidade é algo extraordinário. Agradeço a casualidade por esse gênio nascer em uma boa família e aparecer nos jornais do mundo. Do contrário ele não teria a alimentação necessária para desenvolver seu cérebro o suficiente para decorar 600 palavras. Não, ele estaria aos cinco anos sofrendo de inanição em uma terra estéril, ou tendo sua genialidade resumida e traçar couro em jumentos selvagens.

Quem pode me convencer que ele será mais feliz em terminar sua faculdade aos 12 anos de idade? Quem pode me dizer alguma palavra de consolo que cale a multidão dos 131.999 que nesse momento, talvez por serem espertos demais, estejam se misturando em meio ao restante de nós?

Um comentário:

Gabriel Mombasca disse...

Hum... ah... na merda somos todos iguais. Não importa quão gênio alguém é, e sim a capacidade dessa pessoa agir pelo bem comum e ser bom ao próximo. Einsten, gênio, construiu a bomba atômica, bela merda, seria melhor para milhares de japoneses se ele tivesse nascido numa tribo fudida da áfrica.