quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Crença

Sou a descrença. O olhar de desdém para os céus em busca de respostas para o dia-a-dia, para o sofrer, a alegria e a necessidade de não sentir que algo, alguém, Deus olhe por mim, por meus passos e por aqueles que eu admiro e julgo importante para sentir completo e repleto de vida.

Por que acreditar em Deus? Por que não seguir o fluxo de diversas religiões, diversas pessoas. Tantas que parecem tão certas e tão seguras de si. Em paz. Elas parecem tão certas em relação a suas crenças.

Então sorrindo percebo que não poderia compreender o conceito das ovelhas, do sacrifício por nada que eu não ame. Não amo o que não posso ver, tocar, sentir ou provar. Sou refém dos meus sentidos: sou limitado a uma imaginação que abraça universos, intelectuais, ciência, arte, povos e culturas, mas que não consegue olhar para a humanidade como um todo e esperar algo mais do que já somos e do que podemos vir a ser por conta própria.

Sou um amante do ser humano. Acredito em tudo que está dentro dessa bola de lama perdida entre planetas, gases, vácuo e estrelas. Acredito em qualquer coisa distante e fora daqui, mas não em Deus.

Mas uma das suas tem me provocado. Tem sido uma pequena Eva, carregando a própria maçã em seus lábios, com algumas palavras entre olhares.

“Por quê?”

No estalar de um beijo e nos olhos que obrigam minhas convicções serem mais fortes, eu sigo nesse jogo contraditório e perigoso.

Não tenho fé em teu Deus. Não tenho fé em mim, perto de você. Mas tenho por ti minha cara e como tenho.

3 comentários:

angelica duarte disse...

putaquepariu, hein?

isso foi uma confissão digna de um bom cristão.

...O mundo de Belle... disse...

amém.

Amanda Carvalho disse...

Tão diferentes e tão iguais né?! Acho que só Deus ( que ao meu ver existe sim) entende certas situação pela qual passamos em nossas vidas... Mas enfim, nem tudo é fim e nem tudo é começo, tudo muda tão depressa nesse nosso mundinho que pode ser que nos encontramos mais vezes por ai.. te adoro bjs =***