A gota de sangue continua pingando da mesa para o chão, criando uma poça viscosa e escura. E o olhar dela é tudo, menos risada e escárnio diante de mim.
- Preciso conversar a sério com você.
- Não tenho mais o que conversar. Acabou Rogério. Acabou.
Eram umas dez da noite quando ela não quis abrir a porta, eu tenho a chave, eu ajudei a pagar a porcaria do apartamento. Ele é meu também.
- Eu já disse que te perdoo. Vamos deixar isso para lá.
- Não quero. Não te quero mais em minha vida.
- Eu vou mudar, posso tentar ser o que você precisa. O que você quiser.
- Quero parar de sentir medo.
Tentei conversar como uma pessoa civilizada, não queria ter te batido. Não queria que você começasse a gritar. Não tínhamos feito amor dessa forma tantas vezes?
- Me solta! Para com isso Roberto! Pelo amor de Deus, não faça isso, você está me machucando.
Deveria ter sido fiel sua vadia.
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2 comentários:
Eitaa que eu consigo imaginar a mesma cena, só que sendo a mulher a traída da história.. tudo bem que ia rolar bem mais sangue né?! Conhece aquela frase: " Vingança é um prato que se come quente, com um bom vinho e uma ótima companhia" hehehehe
Somente os homens de bem caem em tentação, outros vivem bem nela.
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