quinta-feira, 14 de maio de 2009

Vernissage

Nessa terça-feira a Hill House no Casa Park estava com figuras expostas em murais. Vi o rascunho de meus amigos, seus trabalhos finalizados, alguns roteiros, poesias ilustradas e traços de alguém que já me obrigava a esticar o olho quando era apenas um moleque de 12 anos recém saído do Rio de Janeiro.

Foi a primeira vez que fui a uma Vernissage sem a intenção de beber em primeiro lugar e prestar atenção ao que se encontra a minha volta em segundo. Exposição é exposição, verni normalmente é um bando de gente conversando mil asneiras e roupas descoladas.

Gabriel Mesquita estava com os desenhos de seu caderno, preso na parede. Existia rascunho de roteiros (que me remeteu absurdamente aos rascunhos e roteiros de Hugo Pratt por uns momentos) e notava que pelo seu olhar que a qualquer instante ele simplesmente iria arrancar dali e levar tudo de volta para casa.

Gabriel de Góes definitivamente nasceu para isso. Nunca vi ninguém tão à vontade e tão confiante sobre seu trabalho e pessoa. Passava simplesmente pelos grupos incentivando amigos, conversando sobre roteiros, trabalhos, propostas e planos da mesma forma que pede um cigarro em um buteco.

Lucas Gehre é o mais complicado de expressar qualquer detalhe. Odeio pagar pau de amigos, mas alguns simplesmente não têm como esconder por muito tempo. Já leu um poema entre os traços de um quadrinho? Note o trabalho dele e você vai começar a ter uma noção do que estou falando. Como eu mesmo disse após algumas cervas. Esse cara é o Laerte do “Los Três Amigos”.

Tive um momento ridículo de emoção pelo mais simples trabalho divulgado sobre um vidro, não era de forma alguma nenhum dos desenhos que eu já tinha visto em rascunhos (um fato que até acusado de spoiler estou sendo por conta disso) era apenas três nomes de pessoas que eu conheço, que chamo de amigo e tomo umas juntos. Gostaria de ser menos piegas, mas a única palavra que me vem à mente é orgulho.

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