segunda-feira, 6 de abril de 2009

Livre depressão

Corte fundo, deixe algo quente descer pintando o seu braço, estendendo o seu corpo além de seus pés, deixando-se diluir e finalmente estar livre de tudo que representa seus sentidos.

Esses que são tão errados quanto a linda mentira de paz e descanso negado por permitir apagar a luz que pertence a si mesmo.

Que os egoísta que você chama de amigos te blasfemem e sofram por ti. Eles não entenderiam do peso que está se livrando, da dor que jamais conseguiu contar a eles.

Não pense em deixar cartas de despedidas. Seria um óbvio contato para um auxílio que não faz mais diferença.

Corte fundo e deixe o calor apagar, aos poucos, junto com a sua dor.

Um comentário:

Anônimo disse...

entendi...muito legal boto! eu não te disse mais o daniel é sua cara!!!!!!! esplendorismo mórbido para quem vai olhar para o sujeito desse texto como um coitado ou como um ah! cara o tal sujeito tá deprê... puro existencialismo adoro ditames existenciais a gente cita jenet aqui lispector acolá boudelaire mais adiante para tentar exprimir uma coisa floreada e dá certo mas na verdade acabamos rindo da cara de todos sem percebermos quando o que tem no fundo de verdade é o exposto exacerbado uma elegia a loucura sempre tão cortês...ainda bem que vc tem pelo menos três almofadinhas para espetar enquanto costura sua história...eu figurativamente tenho dado murros em ponta de facas...beijos alaine