segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Subversivo

Alguma coisa nessa palavra me deixa um gosto ácido abaixo de minha orelha, como uma pequena dormência que cria um aumento de minha excitação. É só olhar para um instante que permita descarregar toda essa aflição carregada em seu estômago por via de seu escroto.

De repente ouço pessoas conversando sobre povos antigos, sobre os mitos e o fato de cada um deles viver mesclado ao dia-a-dia de cada um deles. Era um período mais brando com o que era ou não real, talvez a realidade fosse mais fluída ou quem sabe as pessoas.

Comer é uma agonia que não sinto mais nenhum prazer, ao menos não desacompanhado, é um ingerir de um fraco combustível que não alimenta menos do que o esquecer o que foi deglutido durante a tarde ao final do dia. Praticamente uma bulimia moral.

Tento encontrar um foco, alguma ideia em números ou letras que me deixe apenas um pouco mais calmo dessa desarmonia, esse impulso que não cessa, essa excitação que não permite nem uma noite tranquila de sono além do suor esfriando o corpo.

Ao ver um filme que mostra uma máscara do que seria todo o investimento de ações e acordos bancários, não consigo deixar de pensar o quanto de juros continuo pagando por algo que não tenho culpa. Penso nas milhares de pessoas pagando suas contas sem sequer perceber o quanto disso não é correto ou pior... Simplesmente não se preocupam pelo gasto por possuir mais do que poderia ter para gastar.

Então chega um novo dia e seu corpo tenta te dizer que você não pode levantar ainda, que ele está cansado e precisa de mais algumas horas de sono e você começa uma idiota guerra a favor de seu despertador. Depois ainda criticamos o desenvolvimento de um câncer. Como qualquer organismo pode ser fiel a sua rotina? Impossível!

Aí eu fico pensando... Caralho! Sabe aquele filme de um bando de irlandeses, bebendo, se drogando, correndo, roubando e armando esquemas? Porra... Eles estão tanto com razão quanto qualquer outro que pense em pegar uma arma e ganhe seu lucro como queira. De que adianta fazer tudo certinho nessa porcaria de planeta?

Termine seu colégio, se forme, busque um estágio, tenha a porcaria de uma vida descente e por favor engravide e gere a nova prole para essa linda bola de vidro onde, com sorte, alguém vai mexer para que você enxergue um pouco de neve ou folhas caindo sobre você.

Melhor simplesmente fazer o que você queira antes que o tempo acabe. O problema é saber exatamente o que você quer. Seria consumir a maior quantidade de informações e entorpecentes que seu corpo aguente? Talvez o amor? Ah, sim... temos o amor não temos? Ele sim! Aquele que nunca acaba e nunca vai te trair também não é? Há há há. Tá ok!

Hum... confiar em você mesmo. Puta que pariu , isso sim é genial. Vamos apostar em nosso propósitos. No mesmo que apostam até em ilusões coletivas criadores de mundos e seres. Nas infalíveis escolhas de vida, emprego, caminhos a seguir e roupas em um armário.

Vamos confiar na amizade, naquele tão fudido e perdido quanto você que aparentemente concorda com meios de levar a vida em seu ritmo. Mas até aí nos tínhamos a linhas acima o amor em seu estado puro, enquanto não definha.

Podemos então acreditar que não precisamos acreditar em nada e simplesmente ser um animal civilizado que percebe que está acuado e então o melhor a fazer é não demonstrar muito isso em seu dia. Melhor guardar para gritar quando ninguém estiver te ouvindo ou buscar remedinhos que todo mundo toma e não faz mal né?

Afinal, amanhã surge de novo. Você se levanta, se encara no espelho e guarda todos os instintos dentro dessa máscara chamada ser humano.

Um comentário:

Ju ♥ disse...

sempre surge.... dia após dia.