segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Tempo

Um menino de rua, caminhando em seus passos apressados e roupas puídas, parou em frente ao meu carro.

- Senhor poderia me dispor o seu tempo?
- Claro, pois não?

Ele movimentou suas mãos pelo ar em uma espécie de círculos perfeitos e então sorrindo me agradeceu e partiu.

Estou a uma semana olhando para o espelho buscando rugas, fios brancos, dentes amarelos. Não noto nada de diferente.

Se não fosse a covardia, estaria procurando minhas memórias.

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