segunda-feira, 9 de março de 2009

Despedidas - Parte 2

Ela estava se divertindo de verdade. Diante de um monte de pessoas e aromas, com sua cabeça leve, sorriso no rosto coberto de suor e olhos castanhos voltados unicamente para ela, cercando e sorrindo enquanto a música aproximava para um beijo que nunca era dado.

- Vou pegar uma cerveja para nós.

Uma menina estava olhando para ela sem parar, estava achando graça de chamar atenção de uma mulher enquanto não tinha nenhum olhar de interesse com o homem que dividia uma cama. Bastou uma noite para ser o interesse de um jovem e uma mulher de olhos mal pintados.

- Não está muito gelada.

Achou graça do copo plástico, morreu de rir enquanto via o garoto dançando com um copo na mão e a garrafa enorme na outra.

- É a minha Long-Long-Neck. Normalmente eu bebo direto na garrafa.

A dança era frenética, seu coração estava disparado e sentia sua mão fria. O fumo começava a bater forte demais, estava se sentindo claustofóbica e idiota.

- Preciso subir um pouco.
- O quê?
- Não estou bem, preciso de ar.
- O que você está sentindo?
- Vou subir.
- Alice espera aí.
- Meu nome é Paula! Estou me sentindo mal porra. Vou subir.

Por um momento ela se sente uma idiota, é apenas uma leve síndrome de paranóia por conta do fumo, teve tantas vezes quando era adolescente que já esqueceu. Bastava lavar a nuca, comer alguma coisa doce e relaxar um pouco.

- Você está melhor? Toma aqui uma coca-cola.
- Obrigada. Desculpa por gritar com você.
- Sem problema.

O garoto massageia a nuca dela, o suficiente para um arrepio e se sentir notada e querida por uma pessoa. O pensamento que faz com que incline a cabeça e o beije. Sentir seu hálito e uma mão a aproximando do corpo dele. O coração dela dispara.

- Quero sair um pouco daqui.
- Tudo bem, quer que eu dirija?
- Sim, não sei onde você mora.

O caminho para destino incerto, é assim que Paula fica cantando dentro de sua cabeça e a idéia a excita, sabe que depois de oito anos irá transar com outro homem, mesmo que esse ainda não seja um homem completo a idéia é o bastante para se sentir bem. Quer esse garoto, quer ser o desejo dele desta noite, sua vitória.

- Fique a vontade, vou colocar um som.
- Sem som. Me beija.

Ele a toca como ela imagina que seria, mãos trêmulas que a anos ela esquecera tocando seu corpo e despindo acelerado sua roupa, a análise é tão simples. Esse garoto vai terminar o sexo em dez minutos ou menos.

Mas ela se equivoca. Ele a completa por uma noite, a toca como quem está recebendo o melhor dos presentes, a chupa sem presa e com tanto desejo que a faz chorar no primeiro orgasmo. O restante da noite são toques, carícias e a certeza que teve a melhor foda de sua vida. Ela deixa marcas, urra e dorme exausta.

continua...

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