terça-feira, 17 de maio de 2011

17 de maio

Tenho um problema sério para entender o mundo.

Anos atrás, quando eu tinha dificuldade para dormir, minha mãe deitava ao meu lado e dizia que monstros não existiam. Assim eu cochilava enquanto sentia suas mãos em meu cabelo e podia a ouvir sussurrar baixo que sempre me protegeria.

A mesma mulher estava chorando e me mandando embora de sua casa quando eu disse que estava apaixonado por outro homem. Até hoje fico pensando o porque pedi tantas desculpas. Porque insisti tanto em entender esse monstro a minha frente.

Entro em alguns clichês quando discuto com amigos. Aparentemente os gays são reis de seus lares. Sejam nossos bares, nossos encontros, nossas festas e nossas casas. Aqui reside o espaço permitido para sermos nós mesmos com quem quisermos nos envolver.

Acho engraçado quando ouço que todos somos promíscuos. Realmente existe algum problema nisso? Lógico que queremos nossas pegações, lógico que temos nossas Micarés também, lógico que uma hora isso também cansa e também nos apaixonamos por mais de um dia ao contrário do que discursam.

Imagine viver com medo. Imagine todos os dias colocar um sorriso no rosto o mais largo que você puder para encarar toda a hostilidade direta e indireta que recebemos. Imagine caminhar na rua ao lado da pessoa que você ama e não segurar suas mãos, não te permitirem olhar algo bonito e abraçá-la, sentir o quanto ela também te ama em uma conversa e ter que esperar chegar em casa para beijá-la!

Tenho um problema sério em entender o mundo que vocês pintaram como o seu.

2 comentários:

Ju ♥ disse...

o ser humano é estranho...

Juliet Jones disse...

avhei uma merda isso.
Coisa de viadiho mesmo...
típico...