segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Porão do Rock 2009

O melhor de todos seria apenas uma nota de rodapé para explicar o que foi ir a esse show. Fazia tempo que ia simplesmente por inércia ao Porão e dessa vez, eu jurei que seria mais uma dessas.
Cheguei cedo, vagando pela cidade em uma caminhada do final da asa norte até a Esplanada, vendo uma galera rindo nos carros a caminho, subindo no ônibus gritando e várias adolescentes bem melhor vestidas do que minha geração.

Fui tomando minha cerva no caminho, sabia que seria caro beber por lá e com certeza a grana iria acabar rápido com alguns sedentos sem grana que sempre esbarramos e chamamos de amigos. Sim podemos ser egoístas as vezes.

Cheguei ouvindo Detrito, estava olhando um mar de Sub20's gritando e pulando, fingindo fumar maconha, tragando cigarro e virando latinhas. Divertido mas com o tempo entediante e então Plebe Rude subiu ao palco.

Ali comecei a ficar fisgado, alguém me disse que Cabeloduro estava do outro lado, mas que se dane. Estava muito mais empolgado com uma banda que não tinha visto me acotovelando no Garagem.

Passa um tempo, encontro galera, tomamos umas, falamos umas merdas e é a hora de Paralamas. Silêncio por alguns segundos e então todos cantando em uníssono. Hebert comanda o público como se gerações não tivessem nenhuma diferença. Marcou por sua empolgação, por como mexe com as pessoas ainda hoje e principalmente por deixar uma criança em lágrimas chorando no colo de seu pai. Praticamente uma esperança para pensar em ter filhos hoje em dia. A maior banda de brasília? Imaginei por um pequeno segundo que sim, quando surgiu a banda surpresa.

Quando vi o Gonza entrando com toda a banda da Legião Urbana eu engasguei. Era demais. Simplesmente lindo demais para sequer cantar. Me sintonizei com o menino chorando junto ao pai. Chorei, gritei com o que sobrou de minha voz, cantei e saltei tanto que ao terminar não tinha pernas, voz ou qualquer coisa em mim que não estivesse formigando. Cantor após cantor entrando e dando sua voz para uma banda que certamente se tornou um coletivo. A banda que todos cantam, que todos querem cantar e que moldou relacionamentos, momentos, personalidade e uma característica de brasília que atravessa fronteiras.

Definitivamente um Porão de Rock com a cara de Brasília e sem receios, digo que o melhor que já fui. Só lamento pelas minhas pernas e cansaço de não aguentar até o fim e ouvir MCA. Mas foram memórias demais para um show e a fadiga emocional e física me cobraram seu quinhão.

Um comentário:

Aloprado Plantonista disse...

Meu caro você não perdeu nada! MCA começou a tocar durante a chuva!!
O desgraça do vocalista me conhece mas nem me ofereceu carona!!! Sério mesmo! É pra ser controverso, foda-se MCA bosta de banda.